terça-feira, 1 de março de 2011

Conhecimento

Tudo que é real ocupa um lugar no espaço-tempo. Cada coisa individual tem o seu lugar que só pode ser ocupado por ela e mais nada. Se a coisa se move para outro lugar desocupado leva consigo o seu espaço-tempo. Não pode querer ocupar um lugar já ocupado sob pena de sua própria desintegração e a do outro ocupante. Para evitar essa catástrofe cada unidade emite diversos tipos de sinais característicos de sua natureza para ser conhecida e ser identificado o lugar ocupado.
Os sinais de conhecimento e/ou reconhecimento mais observados na prática são: sons, imagens, rigidez, paladar e odor que são percebidos pelos cinco sentidos. Esses sinais, além do conhecimento da natureza objetiva permitem a identificação local do objeto conhecido. Além desses sinais o ocupante de um lugar pode usar outros tipos de sinais como magnetismo e irradiações diversas, para afastar ou atrair, repelir ou compor elementos. Trata-se de relações entre seres individuais ou construídos no espaço-tempo e não de seres teóricos. O ser teórico é o projeto ideal da coisa construída ou da coisa a ser produzida. O ser teórico é genérico e só tem relações teóricas. O ser individual é unitário e, além das relações teóricas do seu projeto, tem as relações espaço, de tempo e de localização. Assim fica claro a existência de dois tipos de conhecimento, o da coisa existente individualmente e o conhecimento dos projetos dessas coisas (construídas ou à construir).
As palavras ou termos lingüísticos significam e/ou representam ora o ser individual ora o ser teórico. Quando significam uma coisa individual é um nome individual que indica o conhecimento de coisas individuais. Quando os termos ou palavras têm um significado teórico indicam um conhecimento, não de um indivíduo em particular, mas de uma classe de indivíduos. Esses termos representam e/ou são portadores de um conceito teórico. Por isso têm a abrangência de uma espécie ou gênero, não se referindo à esse ou àquele indivíduo, mas a todos da espécie.
A função da linguagem é a comunicação. Comunicação significa transmitir e/ou receber o conhecimento, transmitir e/ou receber integralmente as idéias e os pensamentos. Toda falha na transmissão ou na recepção redunda em fracasso da comunicação. Se for falha intencional do comunicador caracteriza-se uma falta de coerência. Ora, se comunicar é uma função própria do comunicador e ele não cumpre intencionalmente sua propriedade, comete uma incoerência profissional denominada falta de ética e perde a razão de ser comunicador, segundo o entendimento do filósofo grego Aristóteles de Estagira. Conclui-se que o comunicador de ofício tem obrigação ética de se expressar corretamente a verdade do conhecimento. Já o comunicante habitual tem, apenas, o dever da verdade na comunicação.

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