quinta-feira, 31 de março de 2011

ABSOLUTICE Os termos ‘absoluto’ e ‘absolutamente’ não devem ser usados com a função de ênfase. Enfatizar é reforçar uma coisa que já foi dita. Mas se o reforço for exagerado, grande demais, pode denotar má fé. Indica uma intenção de forçar a aceitação de uma coisa duvidosa e ou de confundir o interlocutor. Isto porque ser absoluto é ser único, imutável, invariável e sem qualquer relação com ninguém e com nada. Algo isolado e totalmente independente de tudo e por isso, incompreensível. Se algo é absoluto não pode existir no espaço/tempo que é tetradimensional (quatro relações). A ciência não é imutável, porém, é durável. Não é infalível, mas, é confiável. A ciência não é absoluta(isolada da realidade), é relativa. Por isso, as teorias científicas não podem ser consideradas absolutas. Elas são, todas, relativas ao estado cognitivo de época e ao conhecimento que se tem das coisas. Tudo que existe é feito, construído ou produzido no espaço/tempo depende de materiais, recursos e relações pré-determinadas pelo projeto. Nada é estático na realidade. Há uma máxima científica que diz: nada se perde, tudo se transforma. Significa: nada existente é absoluto. A existência é um estado de relatividade. Por isso, todo cuidado é pouco. O mundo está infestado de absolutices enganosas.

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